quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Caminho

Quando se caminha só, não é uma simples caminhada, é sempre uma jornada. Quando você procura a base e tudo parece estar preso a areia, você percebe a solidão que tem. Dentro de si mesmo. Nunca você mesmo se basta, nunca suas vontades te movem, é preciso outras vontades secundárias. É preciso andar fora do seu caminho, aos passos de outros. mas nem sempre são sincronizados, nem sempre são retos. Mas são passos.
E se houver uma pedra no meio do caminho, há uma pedra. As vezes a pedra se move, a cada um metro, ou a cada 1 ano, ou a cada vez que se deita na cama. Mas ali está a pedra. Filosofal ou não, é ela quem te impede, é ela quem fica no meio do caminho.
Tenha força em si mesmo pra remover a pedra, mesmo contando com a ajuda de outra pessoa para caminhar, a pedra é sua.
Tenha força, ou se entregue, a escolha é sua.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

É Fácil Jogar Xadrez

Cada peça movimenta-se seguindo ordens naturais, em um campo pré-definido e totalmente conhecido pelo jogador. Você pode manipular suas peças exatamente da forma como desejar, desde que você as conheça bem e conheça o campo em que elas estão. É óbvio que seus comandos dependerão de como o adversário se posicionar, mas você e somente você pode usar a inteligência do adversário contra ele mesmo, desde que você tenha total controle da situação.

Às vezes você pode não ter o controle, mas precisa manter a postura de quem o tem. Assim, evita que o oponente perceba que pode arriscar e avançar sobre seus domínios. É a simulação. Um blefe.
O mais importante para um jogador de xadrez é ter a capacidade de observação. Você não precisa transparecer que tem conhecimento sobre tudo que rodeia, mas você precisa saber. Na maioria das vezes um bom observador aparece pouco, ou nem aparece. Porém ele está ali, tem domínio da situação e controle das ações, e a vontade dele se faz, sem maldade, sem malcaratismo, apenas com a capacidade de fazer valer suas poucas manifestações. Nem sempre será necessário manifestar-se ou mover uma das peças para que as coisas se encaminhem bem, elas vão acontecendo naturalmente, até que quando é chegada a hora a jogada certa é feita. Mate. É fácil jogar xadrez. Pena que para muitos tudo isso não faz sentido algum.

sábado, 26 de março de 2011

Suposições

Tudo que acreditamos baseia-se em suposições e supertições, tudo mesmo. Isso é errado? Não, não é. Sempre foi assim e sempre será. As coisas acontecem de jeitos bons e ruins, mas sempre temos que buscar alguma explicação, principalmente nas coisas que só acontecem, acontecem e pronto. Essa busca por explicar coisas inexplicáveis deixa o ser confuso. Ninguém gosta de não saber, de não entender. E qual é o segredo?

O segredo é não saber, é deixar assim. Se certas coisas te perturbam muito, ignore-as, mesmo sendo elas parte permanente no dia-a-dia. Com certeza os momentos felizes irão superar as angústias, é claro, se você tiver momentos felizes. Se não tiver, encontre, só isso. Aqueles que acham que não os têm, não enchergam as oportunidades, ou deixam elas de lado por preguiça ou por falta de coragem. Esse receio das coisas com certeza é um dos maiores problemas que podemos enfrentar, pois ele paraliza as ações mais fáceis, aquelas que te farão feliz, ou te garantirão pelo menos alguns instantes sem preocupações, quase sempre preocupações bestas. Tudo não passa de uma jornada de conhecimento e melhoramento próprio, você pode dividir seu dia, seus planos, ter família e cachorro, mas a jornada é solitária. Como juntar uma mochila e partir rumo ao Aconcágua, escalar sozinho. Você encontrará alguém que te dará água, que te dará carona, que te apoiará a subir uma pedra ou atravessar uma fenda, mas o esforço maior é sempre seu. Que bom se todos tivessem o mesmo esforço, por si e talvez até um pouco para os outros.

Cada um segue sua jornada a pé rumo ao topo do Aconcágua, passando por Juanas e Mendoça, Alegrete e Uruguaiana, Porto Alegre e Canoas. O bom de tudo é perceber todas as cidades e saber que lá você será bem vindo novamente.

domingo, 20 de março de 2011

A -curta- História do Cachorro que não sabia Latir

Como era belo o cãozinho, era todo branco exceto por uma das patinhas, que era alaranjada. Apesar de não ter pedigree ou certificado de isso ou aquilo, era um cachorro bonito. Não precisava ter mãe e pai iguais para ser bonito, não precisava do papelzinho com assinatura do Ilmo Senhor Zefrédio Sinuto, veterinário respeitado, para simplesmente ser ele, do jeito que ele era. Nunca tomou banho de banheira de hidromassagem com pétalas de rosa, mas seu pêlo era tão bonito. Mas o que deixava o cãozinho mais belo era sua postura, um cão elegante, um canino Inglês.
Cuidava a rua parado na antecerca da casa, com o peito estufado, cena de propaganda de seguro de vida. Ele tinha um dinossauro de borracha, seu amigo e brinquedo de todos os dias. E todos os dias ele via cerca de 700 pessoas irem e virem, fora as que passavam em só um sentido, uma só vez. Ou aquelas que passavam nas terças e nas quintas, e aquelas que passavam só nas sextas. E lembrava até daqueles que nunca passaram. Quanta gente diferente o cachorrinho via. Pessoas que passavam em carros, a pé, em bicicletas, skate, e até aquele pequeno avião que cruzava a cidade todo dia exatamente as 6:50 da manhã. Gente barbuda, gente com guarda-chuva, gente ouvindo música, gente conversando, gente suja, pessoas sujas, a mãe com a criança no carrinho, o irmão levando a mochila da irmã menor, o guarda, o ônibus e tanta gente dentro dele. Mas era muita gente, talves o dobro de 700! Talves 100 vezes mais, mas o cachorrinho não sabia contar até mais que dez. Mas a pior coisa do cachorrinho é que ele não conseguia latir. Ele via aquele monte de gente e queria poder falar com todas, ouvir todas e se possível ajudá-las. Mas ele não conseguia latir, muito menos falar, pois cachorrinhos não falam. Ele via aqueles outros cachorros passando na rua e tentava chamá-los, mas não conseguia, eles não ouviam nada, aliás ouviam sim, eles sempre conversavam entre si. E o pobre cãozinho lá, sem latir. Sem latir e preso naquela casa. Sim, é isso! Ele não sabe latir porque não conhece o mundo!
Se ele conhecesse o mundo, fosse pra rua com os outros cachorros ele saberia latir! Ele imaginava que aquilo o tornaria um cachorrinho sujeito homem. Então ele decidiu, iria tentar fugir, pular a cerca. Mas impossível, a cerca era muito alta, tinha quase um metro. Então naquela mesma tarde seu dono chegou, abriu o portão, colocou o carro na garagem como em todos os dias, da mesma forma. Mas a roda do carro passou por cima do dinossauro de brinquedo e fez com que o dono do cãozinho juntasse as partes e fosse até a lata de lixo colocar.
O portão ficou ali, escancarado, aberto, e o cachorrinho ficou parado em frente ao seu sonho, o mundo real. Eram alguns passos para a liberadade total. Mas ele não foi, ficou ali, 4 minutos, imóvel, e decidiu não sair.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

OFFLINE

Essa é pra você que não larga dessa maquina maldita...
















































































































































































"Quem usa o computador não morre apenas fica off-line"

domingo, 13 de fevereiro de 2011

E se nada fosse?

Penso logo existo. Mas uma pedra existe. Então eu sou uma pedra, pois eu existo e a pedra também. Talvez então eu não exista, porque eu sei que não sou uma pedra. Mas eu sei que eu existo, e sei que não sou uma pedra. Então está tudo errado. Penso logo vivo. Aí sim. Uma pedra existe mas não vive, e eu existo e vivo, então não sou uma pedra. Tá, mas isso eu já sabia. Tá, estou começando a entender.

E se não fosse nada?

E que tal, nada do que foi dito ao longo de tudo faz sentido nenhum. Se todas as verdades que acreditamos fossem desmentidas e novas ordens de pensamento e posição fossem assumidas?
Para alguns isso parece impossível, pois não há nada que não faça parte de uma vontade maior, do destino. Mas existe essa possibilidade, e ela não é tão vaga assim. Temos que estudar? Temos que ser alguém? Temos que viver de uma certa forma? Temos que viver por alguém? Temos que manter as aparências. Essa é a essência de todo comportamento humano na terra. Manter as aparências. Temos a necessidade de parecer outra pessoa para nós mesmos. E é isso que faz - não sentirmos melhores- mas sentirmos conformados. E o conformismo é um mal terrível.

Imagine um dia não levantar, não fazer nada que faria, não acreditar em nada que já lhe falaram. Imagine a tal sociedade alternativa. Acordar e ver que tudo o que você conquistou não existe mais. Ou perceber que você começará a escrever sua história a partir de agora, tudo novo. Partindo do zero. Difícil. Da mesma forma que a formiga que estava no açucareiro e você assopra pro chão da cozinha, a vida toda daquela formiga se resumira em pegar um mísero grão de açúcar e chegar com aquele grão no formigueiro e ser ovacionada e homenageada pela sociedade da formiga, e então ela acaba em um piso frio e liso à alguns anos-luz do formigueiro, que provavelmente ela nunca mais alcançará.

A vida pode fazer sentido para esta formiga, mas para um ser humano tem que ser diferente? Na verdade sim. Até porque boa parte vive na estigma da formiga. Encontrar um grão de açúcar e ser a maioral no formigueiro. Motivações vazias. Motivações Burras.

Mas daí você olha aquela formiga solitária no piso da cozinha e percebe que na verdade, se ela quiser ela não precisa voltar pro formigueiro, ela pode sair por aí e desbravar toda a cozinha, quem sabe até, se ela persistir, chegará ao jardim e conhecerá o paraíso das formigas.

E então você percebe que também só gostaria de pegar um grão de açúcar e esquece da jardim. Às vezes um reforma que esta parada, uma camisa rasgada, um jogo perdido, uma brincadeira em hora errada bate em você de tal forma que parece que você chegou ao açucareiro e ela está vazio. O que você faria?

É simples, se jogue de lá e vá atrás do jardim.

A vida é muito curta e não há tempo para chateações e brigas, meu caro.


---Extraído do blog Minilua---

O que é felicidade? De onde ela vem? Nem mesmo os cientistas sabem definir exatamente. Alguns acreditam que seja genética, ou seja ter saúde, ou mesmo outros fatores, todos fora de nosso controle direto. Mas uma pesquisa mais recente revelou que talvez possamos, através de nosso próprio esforço, encontrar a verdadeira felicidade.

No meio dessas controvérsias, alguns pesquisadores fizeram uma lista com coisas que podem nos dar aquele empurrãozinho em direção a uma vida mais feliz.

1 – Seja sinceramente gratoMENINO ESCREVENDO CARTA PARA PAPAI NOEL

Alguns participantes de uma pesquisa foram convidados a escrever cartas de agradecimento às pessoas que os tinham ajudado de alguma forma. O estudo constatou que essas pessoas relataram um aumento duradouro na felicidade, que durava de semanas a meses, após escreverem a carta. O que é ainda mais surpreendente: o envio da carta não é necessário. Alguns dos participantes escreveram a carta, mas não chegaram a entrega-la, contudo elas também se sentiram mais felizes.

2 – Seja otimista

Outra pratica que parece ajudar é o pensamento otimista. Os participantes do estudo foram convidadas a visualizar um futuro ideal – por exemplo, viver com um parceiro amoroso e solidário, ou encontrar um trabalho que tanto desejam – e descrever isso tudo em seu diário. Depois de fazer isso por algumas semanas, essas pessoas também relataram aumento das sensações de felicidade e bem-estar.

otimista

3 – Lembre das coisas boas que aconteceram com você

Pessoas que praticam escrever as coisas boas que aconteceram com elas todas as semanas, mostram significativo aumento da felicidade. Parece que o ato de se concentrar no positivo, ajuda as pessoas a lembrar dos motivos para ser feliz.

4 – Use melhor seus pontos fortes

Outro estudo pediu que as pessoas a identificassem quais as coisas que elas sabiam fazer bem, depois tentassem usar essas habilidades em diversas situações. Por exemplo, você é um bom contador de piadas, então tente usar seu talento no mais diversos lugares, como reuniões, no maohorário de almoço, ajudando amigos triste a rirem. Segundo a pesquisa, isso nos faz bem mais felizes.

5 – Ajude os outros

Ajudar os outros, acaba nos ajudando também. As pessoas que doam tempo e dinheiro para a caridade, ou que altruisticamente ajudam as pessoas necessitadas, tendem a serem mais felizes.






É isso. Por enquanto.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E se fosse o outro lado?

O bom da política é sua capacidade de transformar a opinião mais cruel na mais sensata, se houver argumentos. E a mais doce e suave na mais imbecil, se não houver argumentos. Pois bem, argumentaremos. Não agora, mas em hora propícia. Mas, quando é a hora propícia? Bem, é agora.
Confuso e claro. Mas eu não vou me prender a formalidades e regras textuais / gramaticais / ummontedecoisa. Farei algo diferente, defenderei o lado que sempre acuso. E veremos se serei convincente.

Para que fique bem claro, começarei logo após acabar essa frase (as opiniões abaixo listadas não remetem a verdadeira opinião do autor).

Existe a história, ou estória, sei lá, não me prenderei a formalidades, que cruza a internet que representa uma visão de direita.

Imagine você, um estudante dedicado, esforçado, inteligente, destemido e muitas outras qualidades, pois bem, você como bom estudante, estuda bem logicamente. Estudando bem, você tira boas notas, você se diferencia. E tem aquele rapaz de pele não tão clara, que usa óculos laranja e tem um fusca 69, que é um perfeito de um vagabundo. Não se esforça o mínimo, não se faz sequer presente em todas as aulas, e quando o faz, encomada e perturba a paz alheia. Até que chega a prova final, final e única. Você não dorme fazem 4 noites, a dor na cabeça é tanta que gostaria de ter como abrir e deixar o cérebro se expandir. E o rapaz do óculos laranja não dorme fazem as mesmas 4 noites, mas ao contrário de você, ele não perdeu as noites estudando. Ele passou por uma maratona boêmia, e ainda dispunha do período diurno para repousar seu corpo carregado de chopp.
Chegado o dia do juízo final, você senta na frente, contra a parede e de frenta pra porta. E aquele outro lá senta no final da fileira do centro, abaixo do ventilador (valendo ressaltar que faziam 37 graus), e no local estratégico mais apropriado para a consulta informal, também chamada de colinha marota ou memória ajustável. Mas mesmo assim, a confiança lhe toma o peito, na primeira folha gastam-se 3 minutos, afinal você estudou e sabe tudo. E o outro lá, mal escreveu seu nome, se é que aquele imbecil sabe escrever Grudginski.
Pois bem, passada uma semana, o carimbo nas provas é autenticado e cada aluno conhece seu aproveitamento. Você até sente um pouco de receio, mas no fundo sabe que foi bem. Muito bem aliás, um simples 10. Tão bem que não faz nem questão de divulgar aos colegas, pensando que seria taxado de puxa-saco, ou nerd, ou sem-vida, ou tantas outras coisas. Mas no meio da muvuca da entrega, você repara que o anti-herói esta decepcionado. Você, então, como um bom inglês se dirige ao rapaz e estende sua mão. Se necessária, uma futura ajuda. Mas ele é mau, se nega a cumprimentar e ainda te xinga. Então o professor que balbuciava palavras em francês eleva sua voz e diz que estão todos reprovados. "Oh Maldito!" é o que pensam, mas nada disso, nada de má fé, índole duvidosa ou sacanagem pré-natalina. Afinal aquela instituição de ensino era puramente comunista. A maioria dos alunos atingiu a média de 60% de acertos, alguns mais outros menos. Mas você tirou grade máxima! Deveria passar e ser Laureado! Não, não deveria pois estamos no comunismo. Toda sua valoroza e suada nota é retraída pois o rapaz que se negou a aceitar um ombro amigo - e 10 - anulou sua prova, pois a única resposta escrita foi um nome próprio. Ronaldo. Ora, que diabos ou quem diabos é Ronaldo?! Fora a piadinha no verso da folha, palavras mais ou menos seguintes: "Parabéns Professor! Você ganhou um descanço! Vá para a próxima questão!". Divertido mas não nas circunstâncias. Ele literalmente fodeu com todos os outros por ser desleixado e despreocupado. (Pausa para rir)
As notas foram somadas e divididas pelo número de alunos que fizeram o teste, a popular média aritmética. No geral a nota foi 5,6, não atingindo a média de 61,2358964214 % necessárias para passar. E então todo seu estudo foi em vão pois o Senhor Grundignski (exato! ele escreveu errado o próprio nome), não colaborou com um mísero ponto para que todos aprovassem. Este sim, este é um fiadasputa. Mas este é o preço do comunismo, se um não se esforça, poderá estragar toda a bagaça e talvez, ou talvez pode prosperar financiado pelo esforço alheio.

Mas cada um deve prosperar segundo os seus esforços! Nada mais justo! Bem, certamente é correto pensar dessa forma. Mas sempre há ressalvas, devemos analisar as oportunidades oferecidas, analisar as circunstâncias que levaram até aquela situação. Não é fácil!

Por isso que toda aquela baboseira escrita no meu primeiro post pode ser negada ou ignorada. Dependerá da análise pessoal e intransferível de cada leitor.
Essa é a beleza da política e da diplomacia, pode ser feita para agradar os interesses de todas as partes, desde que todas as partes participem, e todos opinem, pois não há opinião idiota, há um ponto de vista que eu posso ou não concordar, por mais real e idiota que seja mesmo.

Através da conversa, do diálogo e da apresentação de argumentos que beneficiem o bem andar de todos os setores da sociedade, se constrói a política perfeita. Também conhecida como Utopia, já diria Thomas Morus em seu livro homônimo. Então, cabe aos reles mortais, no caso nós, construirmos e construirmos-nos.

Que bonitinho tudo isso.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

E se eu não soubesse?

Uma certa vez me perguntaram se eu fazia ideia que Che e Fidel pegavam em armas, e mataram gente. Eu disse que sim, pois afinal, todos sabemos. E então veio a pergunta que nunca me fizeram antes. -"Se tu sabe disso, e defende a esquerda, tu pegaria em armas e mataria pelo ideal?"

Sim e não. Concordo e defendo a esquerda, mas nunca pegaria em arma, me nego a disparar uma vez se quer. Por esporte, por caça, ou por servir. A propósito, sou totalmente contra alistamento obrigatório e esse monte de besteira sobre forças armadas. O Brasil é o meu país, mas minha raça é a humana. E a raça humana não é composta só por brasileiros, é composta por todos os humanos, evidentemente.

A luta armada foi, neste caso, violenta tanto para A, quanto para B. Se A matasse 10, B matava 15. Se B torturava 10, A torturava 15. A simples matemática do desumano. Como se vidas, independente da forma de pensar, fossem feitas para acabar com algumas balas. Mas há um contraponto muito importante. "A" esta matando para manter a integridade do estado e sua soberania, pois o lado "B" irá matar para tomar o poder de "A", e se meu poder está ameaçado eu preciso me movimentar para continuar onde estou. "B" está matando pois precisa tirar o poder de "A", e se não matar, o outro o fará. "B" também pensa que precisa matar pois há gente que não tem nada a ver com A ou B que está morrendo de fome, e que tem outros que dão ao cachorro trufas de côco com leite. Matar não é a resposta, JAMAIS.

Há uma fácil solução, na teoria.

Eu tenho um bom emprego, estou cursando uma faculdade particular, mas dói meu coração ao ver a criança com fome, eu então convido uns amigos e vamos ao centro da cidade distribuir alguns panfletos que imprimimos em nossas casas com computadores e internet, duas horas após a distribuição dos panfletos, uma mãe revoltada une-se a nós e começa a fazer um escândalo, gritos e xingamentos. Logo 20, 30 pessoas estão conosco e as 20 gritam por seus direitos, em 5 horas, 100 pessoas e 30 cartazes, e eu e meus amigos ficamos ali, afinal fomos nós quem começamos e não há violência, há um protesto. Ao mesmo tempo no Rio de Janeiro um jovem filho de atriz morre num acidente de carro após uma balada, todos no carro bêbados, e todos, menores. Enquanto isso por aqui, a polícia chega. Derrepende vejo meu amigo caído com sangue no rosto, e o próximo sou eu. Lá se vai meu óculos, comprado por 300 reais em suaves prestações de 100. E lá se vai também alguns mLs de sangue, e bem, mesmo no chão alguém continua me chutando, nas costas. Quem me chuta está de botina e tem em sua cintura um revólver. Eu, é claro, como não corri, sou conduzido até a delegacia. Logo eu que estava preocupado só em ajudar com informação e com o quanto de tinta sobraria na minha impressora depois de imprimir 100 folhas. Dois dias depois, o mesmo sujeito que me chutou, que quebrou-me umas duas costelas é morto em um tiroteio com ladrões de banco que haviam armas 2 vezes mais mortíferas que o mero revólver.

No outro dia à noite, era a notícia nos jornais, aliás, eram as notícias. O jovem filho da atriz recebia flores no caixão e as câmeras filmavam a atriz sem descanço, até a boate onde estavam foi fechada pois vendiam bebida aos menores. E o policial coitado, homem da lei e da ordem, morreu tentando salvar o dinheiro roubado. No final uma curta matéria de 30 segundos informando que 3% da população saiu da linha da miséria. E eu ali, deitado na cama de hospital, quase reconheci o rosto do corajoso oficial que me deixara no hospital por 6 dias e 5 noites. Eu só
estava preocupado em como eu iria gastar meu salário comprando um óculos, um cartucho Lexmark, um camisa para repor a rasgada e outras bobagens, pois pelo menos 3% eu consegui.

FUGINDO DA FIEL

Ai vai minha contribuição do dia...

A Esquerda

A maioria passa longe de política, ou passa perto e faz questão de ignorar. Tem também aqueles que definem política por classe, a política do pobre e a do rico. Sem esquecer daqueles que sabem que a política é importante, mas não a deixam tomar conta da vida pelo simples fato de outros próximos não o fazerem. Na verdade, a maioria conhece a política como uma simples divisão, esquerda e direita. Divisão que, pelo sim pelo não define de forma simples toda essa questão, mas as definições próprias de cada uma destas divisões é mais profunda. Ah! Vale dizer que são tão profundas quanto simples. Sendo fácil, caso entenda ou interesse política, escolher o seu caminho.

A direita, composta na maioria por velhas rapozas da política e jovens de muito patrimônio físico - e pouco patrimônio cultural -, define-se por ser conservadora, por considerar que o lugar na sociedade está definido por ordem natural das coisas e que é melhor manter assim já que a economia é liberal, ou seja, basicamente quem tem poder de investimento deverá crescer economicamente, e quem não puder investir, bem, não crescerá. É claro que podemos considerar uma parte da direita que se camufla entre siglas e nomes de esquerda para, é claro, se perpetuarem e atingirem o apse de suas vidas, mais. Não o suficiente para viver tranquilo, para ter um casa com um cachorro e um fusca 69 na garagem. Mas sim para ter mais que os outros, simples assim. A simples lógica da idiotice, da falta de humanidade e da sobra de más intenções. É claro, nunca será generalizado, haviam homens bons tanto na Córeia do Sul quanto na do Norte.
"Há um rei, ele nasceu príncipe. Coitado de quem nasce rei, nunca vai conhecer a escola e seua problemas de gente real, nunca vai trabalhar e se sentir feliz por conquistar coisas materias e também as espirituais. Coitado, verá sempre seu pai, o rei fazê-lo tudo, não não, não verá. verá seu Rei mandar alguém fazer algo por ele. Provavelmente este que fará é o anti-herói, é o filho do cozinheiro real, este é um aproveitador, ganhando comida às custas do serviço que deve ser prestado ao coitado do filho do rei. Mas é fácil, se o filho do cozinheiro real cometer algum erro, o rei tem o poder, poderá mandá-lo à morte, e que junto vá o Cozinheiro que deveria criar bem o seu filho."
Aos direitistas, o estado mantém poder e a ordem e a defesa de seus bens devem ser garantidos, apoiam a manutenção do poder e da riqueza nas mãos que tradicionalmente os detiveram. Nada mais justo, se eu nasci rico, é assim que o universo quer que continue, então só farei manter-me vivo.

E temos então a esquerda, basicamente o oposto da direita, assim como o vermelho está para o azul. Na esquerda há um outro ideal. Por que o rei que tem tanto não pode dar uma parte do que tem ao cozinheiro (?), ou por que o rei não oferece ao filho do cozinheiro uma escola exatamente igual a aquela que o princípe frequente? Por que o cozinheiro que trabalha 16 horas por dia deverá trabalhar 587 anos para ter metade das riquezas do rei? Existem aqueles que dizem que o pobre é de esquerda por que a esquerda favorece os vagabundos, os que não querem esforçar-se e mesmo assim querem uma colcha nobre do rei. Afinal o rei detém o poder, deve castigar quem ousar entrar em seus aposentos, imagine o que não faria para com aquele que subiu em sua cama real.
Existem aqueles que acham que vestir camisa do Che Guevara é coisa de jovem revoltado e com ideias de mentira. Mas acham incrível e belo ver como seus filhos podem ficar bem com 12 pares de tênis iguais que mudam a côr do cadarço. Aí sim, esses tem ideias, esses são o bem. Sem contar aqueles que usam camisa da Argentina, ou de clubes da europa. Porque não a do Brasil? Não, o Brasil não merece, não gosto do Brasil, eu gosto da Argentina. Claro, na Argentina eles usam a camisa do Brasil, sempre. Tem crise na bolsa eles vestem a amarelinha, tem escândalo na política, também.

E porque alguém de 17 anos acha que entende de política? E acha que pode questionar os direitistas? Pelo simples fato de que conhece ambos os lados, já acordou maragato e foi durmir chimango. Foram 8 anos em escola particular, conhece bem o pensamento da diretoria, da coordenação, e é claro, dos alunos. Afinal, quando um guarda chama a atenção de um aluno, e esse aluno for filho de rei, a Culpa é do Guarda, óbvio.
E então se questiona todo dia porque daquelas atitudes tão ridículas, apenas para manter a aparência de rei. Por que não dar o braço a torcer para, simplesmente, admitir um erro e permitir-se melhorar?
E então a vida segue, e cada vez mais se observa situações iguais, no mínimo, igualmente ridículas. Todos lutam não por melhorar, mas para manter a aparência daquilo que acham ser o melhor. E existem aqueles que olham um fato por todos os ângulos.

Deveríamos votar na esquerda mesmo a esquerda tendo tantos corruptos de TV, tantas caras no Jornal nacional? Mesmo sabendo que a vida está piorando, que as coisas estão ficando difíceis para si? Sim, claro, devo votar na direita, pois nascemos ricos e queremos vida eterna. Onde já se viu, um país que só avança no nordeste, só porque lá são pobres. Onde já se viu. Bem, são esses os pensamentos mais ridículos, pois são os sonhos mesquinhos. Devemos pensar na igualdade para viver bem, ou no mínimo tentar.

Já diria alguém bem sábio -"Um sonho sonhado sozinho, e para si, é apenas uma ilusão. Já um sonho sonhado junto, é o começo de uma nova realidade." Comparando: eu gostaria muito de comprar uma carro, quem sabe dois. Colocar um som com mp3 e 2 entradas USB, e é claro, comprar uma rodas legais. Afinal, quem é burro o suficiente para querer um fusca 69 com banda branca no pneu? E é claro que eu nunca vou abrir os vidros dos meus carros para dar uma moeda pro piá do sinal, que certamente gastará tudo em pirulitos de crack e sanduíche de maconha. Mas porque diabos o do fusca da banda branca todo dia entrega um pacote ao piá remelento? É claro que é o fornecedor, é claro. É claro que quem pensa assim prefere a distância, prefere xingar o governo pois os nordestinos terão direito até a banda larga gratuita enquando eles não conseguem comprar o maldito som pro carro, pois está caro. São estes que nunca pensaram em estender uma moeda ou um sorriso para um mendigo pois este é repugnante, um ser degradante. São estes que nunca vão indagar aquele do fusca, e perguntar o que há no pacote, pois o maior medo é descobrir a verdade, desembrulhar o mesmo e achar um pote de comida, ou uma muda de roupa.
Pois meu caro, se você treme de indignação diante de injustiças, então somos companheiros.